Percursos Pedestres - PR2 - Rota da Água e da Pedra

Percorrer as artérias que transportam água bombeada pelo coração da Serra da Lousã, através de uma extensa rede de levadas que entrecruzam terrenos de cultivo e a própria aldeia, é um luxo acessível a quase todos

 

Percorrer as artérias que transportam água bombeada pelo coração da Serra da Lousã, através de uma extensa rede de levadas que entrecruzam terrenos de cultivo e a própria aldeia, é um luxo acessível a quase todos. Palmilhar o topo da Safra, sobrevoando a ribeira (e o passadiço) das Quelhas como um falcão em busca de alimento, serpenteando as encostas com uma vista privilegiada sobre o firmamento e os cumes da montanha, é uma dádiva um pouco mais desafiante, mas perfeitamente alcançável. Esta é uma viagem entre o céu e a terra, guiada pela água e pelas pedras, com paisagens arrebatadoras.

 

O percurso, circular, inicia-se na base do Passadiço das Quelhas, próximo do Coentral Grande.
Seguindo em sentido horário, percorrendo a extensa rede de levadas que cruza os terrenos de cultivo, por entre vegetação monumental, somos conduzidos até Vale
Silveira que, alimentado pela ribeira do Coentral Grande, revela um cenário digno de esplendor cinematográfico. Já na subida rumo ao céu, a meia encosta, no cimo do
talude, marcas de rodados de carros de bois revelam parte do troço da antiga estrada.
Após a derradeira viragem à direita um manto rasteiro, multicolor, abre passagem para o patamar superior do anfiteatro. Adiante, para quem pretenda encurtar a viagem, o caminho à direita, possibilita regressar ao ponto de partida, através do Passadiço das Quelhas.

 

Seguindo pela estrada florestal, dobrando a encosta, abre-se uma vista privilegiada sobre a grande serpente de madeira que sobe a escarpa rochosa. Lá ao fundo, laureados por uma coroa luxuriante, os Coentrais revelam o seu esplendor. Palmilhando a Safra, a paisagem vai ganhando novos atores: o xisto dá lugar ao granito, com os blocos rochosos dispostos ao longo da vertente. Após a descida, de regresso à terra, uma outra serpente, pelo interior da floresta, conduz até ao final da jornada.

 

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