Pela necessidade, da dinamização e regeneração da vila, em particular do seu centro urbano, a câmara municipal tomou a iniciativa de promover a reabilitação urbana visando, não só, as áreas de especial valor histórico e cultural, assim como, as que exponham sinais de deterioração ou obsolescência sejam, espaços edificados públicos ou privados, edifícios ou espaços exteriores, numa ótica de dinamização e rejuvenescimento urbano, respondendo as significativas mudanças do atual contexto socioeconómico.
Consulte aqui informações sobre as eleições
RECRUTAMENTO:
Recrutamento de Técnicos de Apoio Informático (TAI) para Eleições Parlamentares
Recomendamos a leitura atenta do Manual dos Membros de Mesa.
Decreto do Presidente da República n.º 41-A/2024, de 4 de abril – marcação da data da realização da eleição
EDITAIS
Desdobramento das Assembleias de Voto
Mapa definitivo das secções de voto
Desdobramento das Mesas de Voto em Mobilidade
Designação dos membros da mesa de voto antecipado em mobilidade
Designação dos membros da mesa de voto 1 e 2
Designação dos membros da mesa de voto 3 e 4
Listas definitivamente admitidas
Mapa Definitivo da Assembleia e Secções de voto Locais e Horários de Funcionamento
INFORMAÇÕES SOBRE O VOTO ANTICIPADO:
A manifestação de intenção de votar antecipadamente em mobilidade irá decorrer entre 26 e 30 de maio. A votação decorrerá no dia 02 de junho.
Para mais informações, consultar o folheto informativo.
Poderá votar mediante requerimento à Administração Eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, até dia 20 de maio.
Se está inscrito no Recenseamento Eleitoral Português, poderá consultar as condições de voto antecipado no folheto informativo.
Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto Tel.: 236 438 008 Correio Eletrónico: ogbissaya@gmail.com Site: agcpera.ccems.pt Avenida 25 de Abril 3280-011 Castanheira de Pera
Creche Paroquial "Os Ouricinhos" Tel.: 236 438 265 Correio Eletrónico: cpssdecp@gmail.com Avenida Adrião Reis 3280-012 Castanheira de Pera
O Livro de Reclamações passou a estar disponível online (www.livroreclamacoes.pt), podendo no entanto, o consumidor, caso o entenda, continuar a utilizar os meios de reclamação anteriormente disponíveis, tais como o e-mail, o fax ou o telefone, para além do formulário de reclamações disponível no sítio da ERSAR. A entidade que lhe presta o serviço deve garantir a disponibilização de meios adequados para apresentar a reclamação, nas suas instalações, bem como meios alternativos que não exijam a deslocação dos reclamantes aos respetivos locais de atendimento ao público. O Livro de Reclamações, em qualquer dos seus formatos, incluindo a sua versão online disponibilizada em 1 de julho de 2017, é um dos instrumentos que tornam mais acessível o exercício do direito de queixa ao consumidor dos serviços de águas e resíduos, permitindo ao consumidor apresentar as suas reclamações quer nos locais de atendimento ao público, quer acedendo à plataforma digital do Livro de Reclamações Online, garantindo que o tratamento das reclamações será supervisionado pela ERSAR.
LIVRO DE RECLAMAÇÕES ONLINE
GABINETE DE PROTEÇÃO CIVIL
Telefone: 236 430 280 (Chamada para a rede fixa nacional)
Email: protecao.civil@cm-castanheiradepera.pt
1. Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território - Castanheira de Pera
2. Deliberação sobre a Aprovação do REOT
3. Aviso do Diário da República - Discussão Pública
4. Informação sobre a Discussão Pública
5. Deliberação de Aprovação do REOT - Câmara Municipal
6. Deliberação de Aprovação do REOT - Assembleia Municipal
Castanheira em Movimento – Revista Municipal
Se pretende dar uma sugestão ou colocar uma questão ao Município de Castanheira de Pera, preencha, nos campos seguintes, o seu nome, morada, e-mail e a sugestão ou questão. (*)Todos os campos são de preenchimento obrigatório.
Nesta secção, encontram-se disponíveis os Regulamentos Municipais em vigor.
Nesta secção, tem acesso aos requerimentos que devem ser devidamente preenchidos, impressos e enviados para os Serviços da Câmara Municipal.
A funcionar desde 2001, o serviço de recolha de monstros constitui uma mais valia para a protecção do ambiente no nosso Concelho, evitando que os resíduos volumosos se acumulem em locais inadequados como a floresta ou a via pública. Este serviço possui uma crescente procura por parte dos munícipes, pelo facto das preocupações ambientais estarem cada vez mais na ordem do dia, mas também pelo esforço do Município de Castanheira de Pera na divulgação do serviço prestado.
A recolha de monstros domésticos (sofás, colchões, móveis ou outros resíduos volumosos, até um limite máximo de 3 unidades por recolha) é realizada, gratuitamente, pela Câmara Municipal de Castanheira de Pera.
De forma a manter a limpeza urbana, solicite a recolha através do número 236 430 280 no horário das 09h00 às 16h00. Após solicitada a recolha via telefónica, os monos deverão ser colocados na via pública no dia e local indicado pelos nossos serviços.
Em relação aos electrodomésticos usados, deverão os mesmos ser entregues às entidades comerciais na compra de novos equipamentos eléctricos e electrónicos. Caso não adopte esse procedimento, poderá sempre solicitar à Câmara Municipal de Castanheira de Pera a sua recolha através do serviço de Recolha de Monstros. É importante que estes equipamentos não estejam danificados (sem motor, com fendas nos sistemas, entre outros), pois caso isso aconteça o impacto ambiental será inevitável e a sua reciclagem inviabilizada.
Serviço de Recolha de Monstros: 236 430 280 Horário: 09h00 às 16h00
Não abandone os resíduos de grandes dimensões na via pública ou nas florestas! Vamos proteger o ambiente!
Para qualquer questão relacionada com a proteção de dados pessoais, contactar o Encarregado de Proteção de Dados do Município através do seguinte endereço eletrónico: dpo@cm-castanheiradepera.pt
Em regra, o Presidente da Câmara Municipal é o candidato que encabeçou a lista mais votada nas eleições autárquicas e os Vereadores com pelouros (os que assumem funções a tempo inteiro ou a meio tempo na gestão da autarquia) são membros eleitos dessa mesma lista.
À equipa composta pelo Presidente da Câmara e pelos Vereadores atribui-se a designação de Executivo Municipal.
A Câmara Municipal reúne, ordinariamente, na Sala de Sessões do edifício dos Paços do Concelho, às segundas e últimas sextas-feiras de cada mês, pela 14h.30m, sem prejuízo de eventuais alterações a que tenha de haver lugar, facto do qual é dada oportuna e devida publicidade.
Todas as reuniões ordinárias deste órgão são públicas.
Nesta secção, encontra os mais recentes e importantes Editais emitidos pela Câmara Municipal.
Serviços que estão ao dispor do munícipe. (Em atualização)
Presidente da Junta: José Manuel Almeida Lourenço
Contactos: Rua Silva Bernardes, n.º 2 3280-044 Castanheira de Pera Tel.: 236 434 306 (Chamada para a rede fixa nacional) - Fax.: 236 434 322 E-mail: freguesia.castpera@sapo.pt Website: uf-castanheira-coentral.pt
O serviço social visa intervir na articulação das políticas sociais e os organismos institucionais, garantindo deste modo a rentabilização dos recursos locais, regionais e centrais, enquanto agentes potenciadores da qualidade de vida dos cidadãos. Este trabalho só é exequível mobilizando os recursos da comunidade e as respostas institucionais, de modo a potencializar as competências individuais dos cidadãos, de forma a autonomiza-los a nível profissional, cultural e social. Só assim se atingirá a coesão social e o direito à plena cidadania participativa.
Nesta secção, pode consultar os documentos de Plano de Colheitas da Qualidade da Água do Município de Castanheira de Pera, de acordo com o artº 17, do Decreto-Lei 152/2017 de 7 de dezembro.
Este documento pretende ajudar os empreendedores a navegar de forma rápida pela temática do empreendedorismo e tem uma organização simples, assente num modelo de perguntas e respostas
Vindo de Norte pela A1, sair em Condeixa-a-Nova, apanhar o IC3 no sentido de Tomar. Chegando ao IC8, entrar em direcção a Castelo Branco, saindo no nó que indica Castanheira de Pera, 10km depois chegará ao destino. (Percurso Recomendado)
Vindo de Norte pela A1, sair em Condeixa-a-Nova, apanhar o IC3 no sentido de Tomar. Depois de Penela, em Casais do Cabra, contornar a rotunda em direcção ao Espinhal, que o trará por uma estrada de serra. (Percurso Panorâmico)
Vindo de Sul pela A1, sair em Pombal, entrar no IC8 em direcção a Castelo Branco até ao nó de Castanheira de Pera, 10km depois chegará ao destino.
Vindo de Sul pela A1, sair em Torres Novas, seguindo pela A23, sair na indicação de Tomar, entrar no IC3 (variante à cidade de Tomar), até à ligação do IC8 (Pontão), tomar a direcção Castelo Branco até ao nó de Castanheira de Pera, 10km depois chegará ao destino.
Vindo de Este pela A23, sair para o IC8 na indicação Pombal/Sertã/Proença-a-Nova, seguindo até ao nó pela A23, sair na indicação de Tomar, entrar no IC3 (variante à cidade de Tomar), até à ligação do IC8 (Pontão), tomar a direcção Castelo Branco até ao nó de Castanheira de Pera, 10km depois chegará ao destino.
As origens de Castanheira de Pera remontam, certamente, a muitos séculos antes do primeiro documento histórico comprovativo. O primeiro documento conhecido, referindo nomes de povoações do actual concelho, tem a data de 1467 - é uma sentença de Afonso V sobre os baldios do Coentral. Porém, existe uma lenda que nos fala da princesa Peralta, filha de el-rei Arunce. Esta lenda foi escrita, em 1629, por Miguel Leitão de Andrada. Segundo a lenda, em 72 a.C., fugida de Colimbria, em consequência da invasão do reino, Peralta refugiou-se com seu séquito no Castelo de Arouce (Lousã). Por influência de Sertório (guerreiro romano que por ela se apaixonou), decidiu ir para Sertago. No caminho, morreu sua aia, Antígona, que ali mesmo foi enterrada. Sobre a sepultura foi colocada uma lápide com a seguinte inscrição: "ANTÍGONA DE PERALTA AQUI FOI DA VIDA FALTA". A deusa Vénus, que perseguia a princesa, enviou um poderoso raio, que transformou os acompanhantes em montanhas e a bela Peralta numa formosa sereia, que ficou vivendo nas águas que brotavam da serra. Esse raio desfez, igualmente, a lápide, onde, para a posteridade, apenas ficou da primitiva inscrição: ANTIG...A DE PERA... Desta lenda maravilhosa nasceu Castanheira de Pera. Imagem: O Rei Arunce e a Princesa Peralta - Quadro do Mestre Carlos Reis
Há muitos séculos atrás, os castanheirenses resolveram aproveitar os recursos naturais locais e desenvolver as artes e os ofícios que sabiam. Havia pastagens, rebanhos, lãs, boas águas, gente que sabia tosquiar, fiar, cardar, tecer, pisoar e tingir. Assim, nasceu a arte dos lanifícios em Castanheira de Pera. Predominou uma produção artesanal até 1860, altura em que foi criada a primeira fábrica. José Antão fundou a primeira fábrica do concelho, na Abelheira de Baixo, movida por roda hidráulica. JFábrica da Retorta [clique para ampliar]osé Antão era um comerciante ambulante da Gestosa Fundeira, que comprava os seus artigos no Porto e vendia-os ou trocava-os por lã no Alentejo. De espírito arguto, resolveu manufacturar a sua lã, fundando, em 1860, uma fábrica. Muitas fábricas se seguiram: Retorta, Várzea, Safrujo, Esconhais, Rapos, Pereiros, Torgal, Bolo, Foz, entre outras. Um grande amor à terra, as naturais tradições do fabrico de lanifícios e a fonte de energia natural, que era a Ribeira de Pera, favoreceram este surto de desenvolvimento. A população não dependia, agora, apenas de uma agricultura de subsistência, das migrações para o Ribatejo e Alentejo, da emigração para o Brasil ou dos seus rebanhos, pisões ou teares caseiros; havia as fábricas. A implantação industrial foi o motor de desenvolvimento de Castanheira de Pera, que chegou a ser o terceiro centro nacional da indústria de lanifícios.
Castanheira de Pera pertenceu à freguesia de Santa Maria de Pedrógão. Em 1502, foi fundada a freguesia de Castanheira de Pera. Mais tarde, em 1691, a freguesia do Coentral. De 1895 a 1899, Castanheira e Coentral pertenceram ao concelho de Figueiró dos Vinhos, quand4 de Julho de 1914 - Paços do Concelho [clique para ampliar]o o concelho de Pedrógão Grande foi extinto. Em 1899, um decreto restaurou o concelho de Pedrógão e Castanheira e Coentral voltaram a pertencer a este concelho. A importância social e económica de Castanheira, decorrente do desenvolvimento da indústria de lanifícios, impunha-se ao concelho que, radicado em Pedrógão, era acusado de "administração desligada dos interesses das povoações do nordeste". Castanheira pretendia, assim, desanexar-se de Pedrógão. Porém, as lutas políticas e as rivalidades eram muitas. Numa terrível campanha eleitoral, em 1913, a lista da Castanheira conseguiu a vitória para a Câmara de Pedrógão, por escassos três votos. Conquistada a Câmara, estavam abertas as portas para a autonomia municipal. Foi elaborado o projecto de lei n.º 47-A, da autoria de Victorino Godinho, que justificava a criação d4 de Julho de 1914 - Festa de inauguração do Concelho [clique para ampliar]o concelho de Castanheira de Pera: "Castanheira de Pera é uma das mais florescentes povoações do país (…) atestam-no bem a pujança industrial e comercial, o número relativamente elevado dos seus habitantes (5.684) e as suas contribuições para a Fazenda Nacional e para o município. (…) Ao norte da Castanheira existe outra freguesia do concelho de Pedrógão, Coentral (839) habitantes, que com aquela se encontra em fáceis comunicações e que naturalmente deverá fazer parte de novo concelho, que assim ficará com 6523 habitantes (…)". A lei n.º 203, que aprovava a criação do concelho, foi publicada no Diário do Governo, I ª série, n.º 99, de 17 de Junho de 1914. Em 4 de Julho de 1914, é fundado o concelho de Castanheira de Pera. Um dos períodos mais complicados, mas também dos mais pitorescos do concelho de Castanheira de Pera foi o que decorreu de 1923 a 1926 - período em que houve dois executivos camarários antagónicos que se auto-consideravam legítimos e que, em nome da lei, cobravam impostos e aplicavam multas.
A economia do concelho assentou, durante décadas, na indústria de lanifícios. Contudo, a partir de 1980, a indústria começou a atravessar uma grave crise, que levou ao encerramento de várias fábricas. A aposta num diferente sector - o turismo - apresentou-se como uma alternativa viável, uma vez que o concelho possui múltiplos recursos endógenos (ribeiras, serra, património, artesanato, gastronomia,...). Assim, nos últimos anos, verificou-se um grande investimento na potencialização/exploração desses mesmos recursos. Aproveitando as águas da Ribeira de Pera, foi criada a Praia Fluvial das Rocas - um complexo de Praia das Rocas [clique para ampliar]lazer situado num lago com quase um quilómetro de extensão. A grande atracção desta praia é uma piscina de ondas artificiais que ocupa 2100 m2 (a maior do país). Após a abertura deste complexo turístico, em 2005, mais de duzentas mil pessoas visitaram Castanheira de Pera. Actualmente, a Praia das Rocas é o cartão de visita do concelho. Tal como as indústrias de lanifícios, no século XIX, foram o motor de desenvolvimento do concelho; o turismo, no século XXI, é e será, certamente, o novo motor de desenvolvimento do concelho.
Brasão De prata, com um castanheiro folhado e frutado de sua cor, saído de um terrado de verde, realçado de negro, cortado por três faixas ondadas de prata e de azul. O tronco do castanheiro acompanhado por dois rodízios de pás, em pala, de vermelho. Listel branco com os dizeres "Vila de Castanheira de Pera", a negro. Coroa mural de quatro torres, de prata.
Bandeira Verde. Cordões de borlas de prata e verde. Haste e lança douradas.
Selo Circular, tendo ao centro as peças das Armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres "CÂMARA MUNICIPAL DE CASTANHEIRA DE PERA".
Como o castanheiro e o terrado são de verde, a Bandeira deve ser dessa cor. Quando destinada a cerimónias ou cortejos, a Bandeira é de seda e bordada, tendo a área de um metro quadrado. Foi indicada a prata para o campo das Armas, por este metal, na heráldica, denotar humildade e riqueza. O verde, que esmalta o castanheiro e o terrado, significa esperança e fé. O negro, que realça o terrado, representa a terra e significa firmeza e honestidade. A ribeira está representada tal como determinam as regras da heráldica: ondado em faixas de prata e azul. Este esmalte significa zelo, caridade e lealdade. Os rodízios de pás, com que a força é transmitida às fábricas, são vermelhos, porque este esmalte, na heráldica, significa força e vida.
Dada as diferentes características do Município, a marca criada não é estática, e por tal não tem apenas uma expressão. Como estratégia de marca, foram criadas seis variantes para a mesma, e cada uma expressa uma valência do Concelho.
Deste modo, todas as seis variantes são oficiais, e todas são marca:
A utilização de cada variante é feita de acordo com o objectivo ou fim em questão. Por exemplo, se o Município estiver envolvido numa iniciativa no âmbito da protecção florestal, a variante a ser utilizada será a “Por Entre a Serra". A designação da variante é feita através da assinatura que acompanha o logotipo. Para mais informações, consulte o Manual de Normas que disponibilizamos para download nesta página ou contacte-nos através do e-mail camara@cm-castanheiradepera.pt.
O actual coberto vegetal da Serra da Lousã, à semelhança da generalidade das montanhas portuguesas, pouco tem a ver com o que se supõe ter sido o seu revestimento florístico natural original. Na zona atlântica, que abrange todo o Norte do País e um pouco da zona central, ainda ocorrem elementos residuais da floresta sempre-verde dos climas temperados – a Laurisilva – que à 5 M.A. antes das glaciações e com um clima relativamente quente e húmido, teria coberto as costas do Mediterrâneo norte-ocidental:
Alguns destes elementos sempre-verdes subsistem na Serra da Lousã nos recantos húmidos e frescos, nas matas ribeirinhas, ou abrigados nas florestas caducifólias de Carvalhos (Quercus spp.) ou de Castanheiros (Castanea sativa Miller) que substituíram a floresta sempre-verde e que teriam constituído a “última” cobertura florestal natural da Serra. Assim segundo PAIVA, (1988):
...”a Serra da Lousã deveria ter sido um imenso carvalhal constituído predominantemente pelo carvalho-alvarinho (Quercus-robur L.) e talvez também, nos pontos mais altos, pelo negral (Quercus pyrenaica Willd.), com sobreirais (Quercus suber L.) nas zonas de climas mais temperados e secos. Testemunhos destas formações são os resquícios de carvalhos que se encontram nalguns vales da Serra da Lousã.(...) Dr. Jorge Paiva, O Coberto Vegetal da Serra da Lousã in Jornadas de Cultura e Turismo, (16-17 de Julho de 1988), Câmara Municipal da Lousã, Lousã, 1988
Segundo o padre Luís Cardoso (1747) (in DAVEAU,1988) a Serra da Lousã:
“cria porcos montezes, e lobos em quantidade, de que recebem naõ pouco damno nos seus gados os póvos visinhos: se bem que de algum modo se compensa com a muita caça miuda, rasteira, e do ar, de que se aproveitaõ, e offerece a todos livremente”.
Em 1758 o Prior Boaventura de Aguiar e Carvalho (in CHORÃO, 1988) referia que na Serra da Lousã... “se crião gados e caça, e também lobos”. Hoje, se os Javalis (“porcos montanhezes”) continuam apercorrer os lugares mais recônditos da Serra, já os lobos só pertencem à memória ou ao imaginário. Entre superstições associadas aos anfíbios e répteis – culturalmente transmitidas, cientificamente desmentidas – e os recentes esforços de reintrodução de mamíferos de grande porte, esta é uma abordagem sobre os vertebrados da Serra da Lousã.
Os anfíbios constituem a classe mais primitiva dos Vertebrados Terrestres. Os seus ancestrais deixaram a vida aquática há cerca de 350 milhões de anos. Durante séculos foram objecto de repulsa, superstição e histórias de feitiçaria, que seriam apenas factos pictorescos, não fora a perseguição que sofreram. Por exemplo, o Sapo-comum era importante ingrediente de beberagens utilizadas não só como veneno, mas também como afrodisíaco (!). Na Primavera regressam à água, sem a qual, salvo excepções, não se podem reproduzir. Durante a fase da postura a maioria dos Anfíbios regressa ao meio aquático, depositando de algumas centenas a mais de 12000 ovos. Em seguida passam pelo estado larvar ( girinos ) e sofrem a metamorfose que lhes permite a existência terrestre durante a vida adulta. Daqui resulta o nome anfíbio, amfi significando duplo e bio significado de vida, dupla vida: metade aquática, metade terrestre. No Verão, rãs e sapos abandonam a vida aquática. Mas, como são animais de pele húmida muito sujeitos á dessecação, fazem-no preferencialmente durante as chuvadas estivais. Por vezes acontece que, após uma chuvada, se assiste a um êxodo maciço de batráquios invadindo os campos próximos das águas onde nasceram. Este fenómeno natural deu origem à crença popular da “chuva de rãs” e adensou a aura sobrenatural destes animais. Na Serra da Lousã é improvável que se assista a fenómenos semelhantes, pois os habitats favoráveis aos anfíbios, embora abundantes, são de pequenas dimensões e dispersos. Como tal, nãao existem populações muito numerosas. Os Anfíbios podem encontrar-se onde quer que haja água doce mais ou menos estagnada. Evitam cursos de água de grande corrente. Fora dos períodos de reprodução permanecem mais ou menos ligados aos meios húmidos. São mais activos durante a manhã e ao cair da tarde. Têm frequentemente vida nocturna. Expõem-se mais em tempo chuvoso. Encontram-se nos recantos sombrios, sob a vegetação, sob as pedras, no solo húmido dos bosques, em grutas, tanques ou pequenos depósitos de água. São mais facilmente observáveis na Primavera, época de reprodução da maioria das espécies. O canto é um auxiliar precioso na sua identificação ou localização. A sua actividade está intimamente ligada às condições climáticas, dependendo da existência de adequada temperatura ambiente. Nas épocas frias necessitam de hibernar em local seguro e livre de gelo, como um buraco no solo ou uma fenda nas rochas. Nas regiões do Sul da Europa, de Inverno ameno, o período de hibernação é mais curto que no Norte gelado. Muitas espécies diminuem significativamente a actividade no pino do Verão. Estes admiráveis animais são forçados a jejuns prolongados nestes períodos, bem como sob condições climáticas adversas ou durante a reprodução. A sua alimentação, variável consoante a espécie, é essencialmente carnívora, à base de vermes do solo, larvas, insectos, aracnídeos, etc. Todos os Anfíbios estão protegidos por lei em Portugal. No entanto, o grau de desenvolvimento dos países mais evoluídos representa uma séria ameaça à sua preservação, principalmente devido à alteração de habitats , de que são exemplos: a drenagem de zonas húmidas e a mobilização maciça de solos. Actividades agrícolas usando desmedidamente adubos e pesticidas podem afectá-los directamente, destruindo o seu alimento. O ciclo reprodutor depende duma fase aquática e pode ser comprometido seriamente pela poluição dos cursos de água. A Europa é profusamente atravessada por rodovias onde são esmagados milhares de anfíbios em migração. Também as águas que escorrem das estradas arrastam consigo os óleos lubrificantes, metais pesados e outros produtos em combustão dos veículos automóveis, contaminando os cursos de água próximos. O Homem é predador directo perseguindo-os por superstição, com intuitos comerciais (animais de estimação, alimentação) ou por outros motivos. Algumas actividades, como o todo-o-terreno através de zonas encharcadas, causam a morte de muitos anfíbios.
Os Répteis representam uma das mais importantes etapas da evolução dos seres vivos na Terra, simbolizando a independência do meio aquático e da conquista dos continentes. Este importante passo evolutivo foi precedido da adaptação à vida terrestre, que permitiu não perder a água do corpo o que foi assegurado quando a pele se tornou muito queratinizada, escamosa, sem glândulas: a evaporação é quase nula, tornando-se impermeável, ideal para climas muito quentes, como os desertos. Por outro lado, desenvolveram ovos de casca rígida que armazenam os líquidos vitais ao desenvolvimento do embrião. Não têm necessidade de recorrer a zonas húmidas na época reprodutora, como acontece com os anfíbios. Isso não impede que muitos répteis sejam aquáticos (ex.: tartarugas). Os répteis são animais ectotérmicos (a sua temperatura corporal e a actividade física dependem da temperatura ambiente). Por este motivo, os répteis hibernam nas épocas frias e só se mostram activos nos períodos mais quentes do dia, expondo-se demoradamente ao sol sobre as rochas. Consomem pouca energia o que lhes permite sobreviver com pouco alimento. Estas adaptações permitem a vida em ambientes muito adversos (ex: Aves e Mamíferos) permite a actividade num amplo leque de condições ambientais, mas também exige a produção contínua de grandes quantidades de calor à custa da ingestão de grandes quantidades de alimento. O facto de alguns répteis serem venenosos tem alimentado, ao longo dos séculos, uma relação conflituosa com o Homem. É importante saber que na nossa área geográfica poucas são as cobras venenosas, existindo em Portugal apenas duas víboras. A Cobra-bastarda é uma espécie que, tendo veneno, tem os dentes inoculadores situados muito no interior da boca, apenas inoculando veneno quando abocanha as presas que, por isso, têm de ser pequenas. Portanto, o seu veneno não representa perigo para o Homem. Na Serra da Lousã existe a Cobra-bastarda e uma única víbora. A mordedura por víboras é um acontecimento de tal modo raro, que não justifica preocupações de maior. É possível que, por vezes, surjam confusões com as inofensivas Cobras-de-água, pois estas, para sua defesa, tem um aspecto e comportamento que imita as víboras. Os Répteis não devem ser considerados daninhos ou prejudiciais. Os motivos das perseguições que lhes são movidas devem-se à ignorância ou à repugnância que causam a certas pessoas. Está demonstrado que os seus hábitos alimentares incidem especialmente sobre invertebrados (insectos, aranhas, etc.) ou pequenos roedores, sendo essenciais ao equilíbrio dos ecossistemas.
As Aves são o grupo de vertebrados cujo estudo é mais acessível, bastando uns binóculos e um guia de campo para se desenvolver uma interessante actividade. A ornitologia é a ciência que estuda as aves. A identificação de aves torna-se acessível se forem considerados os vários aspectos da morfologia da ave que são perceptíveis numa observação que pode não durar mais que uns segundos. A anatomia das aves é extremamente variável quanto ao tamanho, forma e cor (por ex: bico e patas), o que constitui uma ajuda preciosa em muitas situações. Para além dos critérios morfológicos, há o comportamento próprio de cada espécie. Aprender a reconhecê-lo permite conclusões tão simples como saber que o pequeno pássaro que trepa pelo tronco da árvore acima é a Trepadeira-comum e o que desce pelo tronco abaixo é a Trepadeira-azul. Um ouvido reinado, algo que as gentes rurais se habituaram a desenvolver, permite reconhecer um grande número de espécies. Cuco, Rola, Melro e Rouxinol são apenas alguns exemplos. Tipo de alimento e forma como cada ave o procura, permitem distinções em grandes grupos de classificação: aves de rapina, diurnas e nocturnas; aves aquáticas, umas marinhas, outras típicas dos sapais, estuários, pauis, lagos e rios; granívoras, alimentando-se de grãos e por isso de bico grosso e forte, e insectívoras, alimentando-se de insectos, de bico fino e ágil. As necessidades alimentares de cada espécie, as condições para nidificar, os locais de repouso, a segurança são alguns aspectos que mais decisivamente determinam a escolha do habitat . A fenologia de cada espécie (padrão de ocorrência, em Portugal e em cada região em particular) é um dado importante. Assim uma espécie pode ser considerada residente – presente durante todo o ano – ou pode apenas ocorrer em determinadas épocas. É o caso das aves visitantes de Verão ou de Inverno, ou simplesmente visitantes de passagem. Outras ocorrem apenas ocasionalmente. A avifauna da Serra da Lousã, não sendo particularmente abundante ou diversificada, é bastante interessante, em virtude da variedade de habitats que a serra possui: ribeiros de montanha, bosques mistos de caducifólias e resinosas, hortas e prados junto às aldeias, matos e altos cumes, garantem a presença de cerca de uma centena de espécies de aves. Para além de espécies vulgares, ocorrem aqui algumas preciosidades:
As rapinas, embora pouco abundantes, estão representadas por espécies como o Açor, o Gavião (associadas aos habitats de floresta) ou a Águia-de-asa-redonda. Os Peneireiros-de-dorso-malhado são frequentes nos altos dos cumes. A Coruja-do-mato, o Mocho-galego e a Coruja-das-torres são as rapinas nocturnas mais frequentes.
Os mamíferos são animais de hábitos secretos, predominantemente nocturnos e muito esquivos, embora, neste aspecto, haja algumas diferenças entre eles. Para os observar sem depender de uma situação fortuita, há que utilizar diferentes técnicas consoante a espécie, de preferência durante o crepúsculo antes do nascer do sol ou depois do seu ocaso. É neste período do dia, de menor pressão humana, que a maioria destes animais se encontram mais activos. De todos os mais esquivos são os carnívoros, como a Doninha, o Gineto e a Raposa, habitualmente solitários e nocturnos. Também os micromamíferos, assim chamados devido às suas pequenas dimensões são difíceis de observar, excepto quando se depara com um ou outro animal morto na berma de um caminho. Já outras espécies, como o Coelho ou a Lebre, são suficientemente activos e visíveis durante o dia. O Javali , o mamífero de maior porte desta região, poderá ser observado se se escolher um posto de observação e um período do dia adequados. É frequente surpreendê-los nas suas deambulações diárias de muitos quilómetros em busca de alimento, especialmente quando se deslocam das encostas de mato cerrado, onde passam o dia, para os terrenos férteis dos vales. Mais acessíveis são os Morcegos, mamíferos voadores de hábitos nocturnos, frequentes ao cair da noite. No entanto, existem várias espécies que são difíceis de distinguir em voo. A presença de mamíferos é frequentemente depreendida pelos rastos e sinais que é possível detectar. Para o conseguir é necessário conhecimentos básicos e, acima de tudo, um olhar atento para pistas discretas que, geralmente, passam despercebidas. As pegadas são um exemplo clássico mas pouco aplicável na Serra da Lousã, dada a natureza do solo ser geralmente pouco propícia à sua formação. No entanto, os escassos locais onde podem surgir – solos húmidos junto a uma ribeira ou num recanto da encosta – devem ser minuciosamente inspeccionados. Prestar atenção ao número e comprimento relativo dos dedos, disposição das almofadas e unhas, posição relativa das impressões das patas anteriores e posteriores e, por fim, o aspecto geral do rasto. Os roedores, na sua maioria deixam pegadas com quatro dedos na pata anterior, que é curta e se cinco na posterior, mais alongada. Todos os dedos têm unhas. Por vezes, nota-se o rasto da cauda. Coelho e Lebre deixam pegadas com poucos detalhes, pois as patas são peludas. No entanto, o padrão do rasto é muito característico com duas impressões pequenas e paralelas das patas anteriores seguidas de duas impressões longas e paralelas das patas posteriores, quando evoluem em marcha lenta. Mas quando correm, as pegadas das patas posteriores “ultrapassam” as pegadas das anteriores e são as primeiras a inscrever-se no solo. Na corrida, ao contrário da marcha, as pegadas deixam de ser paralelas. O Javali deixa habitualmente as marcas do par de cascos centrais, embora em solos muito macios, possam marcar ainda os dedos curtos situados em posição latero-posterior. Os carnívoros têm patas anteriores e posteriores semelhantes, com quatro ou cinco dedos conforme a espécie, com almofadas e garras proeminentes. A Doninha tem cinco dedos e inscreve as pegadas das patas posteriores quase sobrepostas às das anteriores. A Raposa tal como os cães tem apenas quatro dedos, dos quais o par central é maior que o par de dedos laterais. Em geral, a pegada do cão é mais larga que a da Raposa. Ter sempre presente a possibilidade de existirem pegadas de animais domésticos – cabras ou cães – que podem provocar erros de análise. Outra fonte preciosa de informação são os excrementos. Os dos herbívoros ocorrem habitualmente em grupo, com uma forma constante em cada espécie. Os dos mamíferos predadores são alongados, irregulares, com pelos, penas, ossos ou o exoesqueleto de insectos. No Outono encontram-se cascas e caroços de frutos silvestres. Na identificação é mais seguro o conteúdo e o tamanho do que a forma. Por exemplo, a Lontra, deposita excrementos (com espinhas, escamas e com o característico cheiro a peixe), em locais proeminentes como rochas junto a um curso de água. As tocas são também muito úteis, pois algumas são muito características como as do Texugo. Outro sinal clássico são os montículos de terra que a Toupeira faz, que mais não são que as galerias subterrâneas onde vive. Crânios e dentes de mamíferos são particularmente úteis na sua identificação pois são estruturas complexas que caracterizam distintamente cada espécie. Podem ser encontrados em campo aberto, próximo de tocas de carnívoros ou em plumadas. As regurgitações das aves de rapina nocturnas (corujas, mochos e bufos) são aquelas em que os crânios dos pequenos roedores ou insectívoros – Musaranhos, Toupeiras – se encontram melhor conservados. Com base no seu estudo minucioso, pode-se inferir acerca da população de pequenos mamíferos de uma dada região. Uma referência final para o Corço e para o Veado recentemente reintroduzidos na Serra da Lousã por iniciativa do Instituto Florestal.
No dia 4 de Julho de 1993, dia do 79.º Aniversário do Concelho de Castanheira de Pera, foi assinado o protocolo de geminação entre Castanheira de Pera e a cidade de Leimen.
Leimen é uma cidade alemã, situada no noroeste do Estado de Baden-Württemberg, a 7 Km de Heidelberg. Tem uma área de 20,64 Km2 e uma população de 27 090 habitantes (Dezembro de 2006). No ano de 1973, Gauangelloch e Ochsenbach fundiram-se voluntariamente com a cidade de Leimen e, a partir de 1975, Leimen, St. Iigen e Gauangelloch com Ochsenbach formaram uma grande freguesia que, no ano de 1891, foi reconhecida como cidade. Finalmente, no dia 1 de Abril de 1992, Leimen recebeu o rol de “Grosse Kreisstadt” (cidade município, sem freguesias rurais integradas). Através de numerosos patrocínios e geminações, Leimen mantém vivos contactos com diversos países da Europa e do mundo. Em 1985, a bandeira da Europa foi conferida a esta cidade, desde então Leimen figura como Cidade da Europa.
Juramento de Geminação
"Nós, Presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e Leimen eleitos livremente pelo sufrágio dos nossos cidadãos, convictos em corresponder às aspirações profundas e às necessidades das nossas populações, conscientes de que a civilização ocidental teve o seu berço nas nossas antigas cidades, instituições primogénitas, que foram pioneiras na conquista do espírito de liberdade, considerando que a obra da história deve continuar à escala universal, porque este mundo só será mais humano quando os homens vivam livres em cidades livres, neste dia, selamos o solene compromisso de manter laços permanentes entre as Câmaras Municipais das nossas cidades, de favorecer o intercâmbio entre os seus habitantes, em todos os campos, para desenvolver, através da compreensão mútua, o sentimento vivo da fraternidade europeia e da solidariedade universal, de conjugar os nossos esforços para contribuir, na medida das nossas possibilidades, para o êxito desta necessária tarefa de paz e prosperidade:
A UNIÃO EUROPEIA"
Para recolha de dados climatéricos existem na região: a Estação Meteorológica da Lousã-Boavista (401 m); o Posto Udométrico da Lousã (160 m) e o Posto Udométrico de Lousã-Serra (599 m). Os valores seguidamente apresentados baseiam-se, quase exclusivamente, nos dados recolhidos na estação meteorológica.
A temperatura média anual é menor nas cotas mais altas (13º C).
A precipitação aumenta com a altitude, estimando-se que atinja valores de 1600 mm nos cumes da serra da Lousã.
Em maio e junho são normais intensas trovoadas.
Data da notícia: 9 Novembro 2022
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